Resenhas

Preservar a memória do rádio em Mogi das Cruzes

 

Resenha do livro:  "Memória do Rádio em Mogi das Cruzes", de Nivaldo Marangoni, de 2005*

 

Mais do que um livro, “Memória do Rádio em Mogi das Cruzes” traz relatos daqueles que trabalharam para que o rádio fosse implantado em Mogi das Cruzes.

 

O trabalho do professor da universidade de Mogi das Cruzes (UMC) Nivaldo Marangoni, contém 228 paginas e 305 fotos. Foi lançado no ano 2005.

Nele, Marangoni conta o surgimento das principais rádio de Mogi, entre elas, a Rádio Marabá, na qual trabalhou durante alguns anos. A Marabá, que foi a primeira rádio a ser instalada na cidade, foi inaugurada em seis de
abril de 1947.

O livro traz depoimentos daqueles que ajudaram no desenvolvimento do rádio na região. Além dos relatos, a obra é completa com fotos da época do surgimento das rádios mogianas.

No início, o autor fala dos pais do rádio: Guglielmo Marconi e padre Roberto Landeli de Moura. O padre Roberto morou em Mogi das Cruzes entre 22 de abril de 1906 a 7 de abril de 1907.

No capitulo a seguir ele conta o início da historia das rádios mogianas, a partir do Rádio Club de Mogy, que surgiu dia 28 de janeiro de 1928. Para se ter uma idéia da
importância desse fato, a Rádio Record de São Paulo nasceria 27 de julho de 1928, seis meses após o surgimento do Rádio Club, em Mogi.

Marangoni fala também do surgimento da Rádio Marabá, e faz um pequeno resumo
da inauguração da rádio na ilha, o que houve com ela e como se encontra hoje.

Após isso, o autor apresenta pessoas que trabalharam na Rádio Marabá , como seu Pio
Alves. Ele foi responsável pelos transmissores da rádio na ilha por 33 anos. Também fala de J.A Prado, que foi o primeiro locutor da emissora. Ele foi o primeiro a usar o microfone da que seria uma das primeiras rádios do interior de São
Paulo.

O livro apresenta inúmeras pessoas que ajudaram no desenvolvimento do rádio na
região e participaram do surgimento das principais rádios mogianas. Como é o caso da Rádio Metropolitana, inaugurada no dia 9 de julho de 1961, na Praça Firmina Santana, esquina com rua Voluntário Fernando Pinheiro Franco.

Outro caso é o da Rádio Santo Ângelo, surgida no ano de 1945. Ela foi criada para os pacientes de hanseníase que viviam no bairro Santo Ângelo. Era composta pela equipe
do hospital que tratava destes pacientes. Depois de algum tempo tornou-se a Rádio Emissora Santo Ângelo, na freqüência de 1140Klc, com o slogan “ Bem no centro de seu rádio”.

Outro tema que o livro aborda é forte presença de japoneses em Mogi das Cruzes. A
cidade possui uma das maiores comunidades nipônicas do Brasil. O livro recorda o programa “No pais das Cerejeiras”. O programa esteve no ar durante 51 anos e era apresentado por Kakuzo Harayashike. Ele fazia parte da programação da Rádio Marabá e Diário de Mogi.
De um modo geral, o livro aborda inúmeros detalhes sobre a historia do rádio na região. Para além disso, ele mostra a importância do meio para a comunição e reconhece o trabalho de todas as pessoas que ajudaram a construir o rádio em Mogi das Cruzes.

 

*MARANGONI, Nivaldo. Memória do Rádio em Mogi das Cruzes. Mogi das Cruzes. Editora Gráfica Brasil, 2005.


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